Do coração e outros corações

Do coração e outros corações

sábado, 30 de junho de 2012

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Junho 27, 2012 |por Manuel S. Fonseca do Blog Escrever é triste, de Rita R. de Vasconcellos, Portugal

Gabri­elle d’Estrées era a favo­rita do rei e o rei era Hen­ri­que IV, con­ver­tido ao cato­li­cismo para que pudesse ser o pri­meiro dos Bour­bons a rei­nar em França. Gabri­elle é a figura femi­nina que vemos na pin­tura, à direita. E quem, no banho, lhe aperta a tumes­cente doçura não é a mão do rei, mas só os inó­cuos dedos (indi­ca­dor e pole­gar) da duquesa de Vil­lars, sua irmã.
A beleza das duas mulhe­res, a inti­mi­dade sáfica que emana do qua­dro, faz dele uma obra-prima. Sabe­mos, para quem se pre­o­cupe com auto­rias, que per­tence à escola de Fon­tai­ne­bleau e deverá ter sido pin­tado em 1594, o que quer dizer que sabe­mos pouco, quase nada.
O gesto da duquesa requer, dir-se-ia, expli­ca­ções. A inter­pre­ta­ção triun­fante é de natu­reza sim­bó­lica: a insó­lita carí­cia que o qua­dro retrata seria a cele­bra­ção da mater­ni­dade de Gabri­elle. Os dedos da duquesa aper­tam o mamilo de uma grá­vida, o que a domés­tica ao fundo, a cos­tu­rar roupa de bebé, vem con­fir­mar. Rendo-me: a deli­ca­deza dos movi­men­tos e dos olha­res convida-nos, com gra­vi­dez ou sem ela, a só tocar­mos neste qua­dro com gra­vi­dade e pin­ças.
Olhando com vaga­res que o turista do Lou­vre não tem, vemos que o arti­fí­cio das tea­trais cor­ti­nas con­trasta com o rea­lismo da ilu­mi­na­ção, luz natu­ral que entra pela esquerda – mas como é que chega tão lím­pida e exte­rior a esta recôn­dita câmara em que duas mulhe­res se banham?! Seja como for, acei­tes todas as con­ven­ções de
 trompe l’oeil em que o qua­dro é pró­digo, há um por­me­nor des­lo­cado que me pro­voca inex­pli­cá­vel sobres­salto – não, não é o anel que, não no dedo que é deles se enfi­a­rem, Gabri­elle exibe na mão esquerda pare­cendo sossegar-nos quanto às futu­ras inten­ções de um rei que, por falar em mãos, mor­re­ria às de um faná­tico cató­lico numa rua de Paris. O des­lo­cado por­me­nor a que me refiro é o qua­dro que está em “arrière-arrière plan”, por trás da modesta costureira, sobre a lareira, e no qual uma cor­tesã exibe o poten­cial dos seus favo­res em pro­pí­cia aber­tura de coxas.
http://www.escreveretriste.com/wp-content/uploads/2012/06/Gabrielle_d_Estree_detail.jpg
Audá­cia da mão esquerda do pin­tor a subli­nhar a ili­ci­tude que a mão direita não podia em pri­meiro plano pin­tar: Gabri­elle d’Estrées pro­me­tida rai­nha, influ­en­ciou a corte e comportou-se nela como sobe­rana, sem que nunca o tivesse che­gado a ser. Mor­re­ria, com o feto, no parto pre­ma­turo. Teve fune­ral de lapi­dar majes­tade: Hen­ri­que IV, que a amava em público e em pri­vado, ajoelhou-se e a corte com ele num sen­tido Requiem na Basí­lica de Saint-Dennis.
O qua­dro do banho de Gabri­elle e sua irmã foi objecto de cópias e pastiches: Este que se expõe no Museu de Belas Artes de Lyon.http://www.escreveretriste.com/wp-content/uploads/2012/06/gabrielle_estreelyon-150x115.jpg
 Ou o que Alain Jaquet, “pop artist” fran­cês que em NY andou pelos lados da Warhol e Lichens­tein, pin­tou, dando-nos moderna e desen­can­tada Gabri­elle d’Estrées que, com a ori­gi­nal, tem agu­das dissemelhanças.
http://www.escreveretriste.com/wp-content/uploads/2012/06/alain-jacquet-300x224.jpg
Paró­dica embora, a liber­dade foto­grá­fica deste extremo exem­plo ori­en­tal saúda tam­bém a gran­deza ina­tin­gí­vel dos mes­tres de Fontainebleau.
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ps — Já disse, não disse, que o via­jante tem hor­ror ao vazio que deixa? Até que Julho volte aqui se repes­cam velhos textos…

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A propósito dos fichas sujas entrarem na roda...

Gal Costa cantando .. ONDE ESTÁ O DINHEIRO?

Os sujos: o retorno


UOL Noticias


Liberar candidato "conta suja" é retorno ao estado de anarquia, diz Roberto Romano

Aiuri Rebello e Felipe Amorim
Do UOL, em São Paulo
Analistas políticos ouvidos pelo UOL são unânimes em lamentar a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que revoga a resolução da própria corte de impedir o registro de candidatos que tenham tido contas de eleições passadas reprovadas. "Para mim, é um retorno ao estado de anarquia e perda de controle da sociedade sobre os homens políticos", afirmou Roberto Romano, professor de Ética e Política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Romano afirma não estar surpreso com a resistência dos partidos políticos à decisão do TSE. "Nossos partidos são tudo, menos partidos. São agremiações que cuidam de interesses grupais. Então, para eles, a eleição não é um ato cívico, a eleição é um negócio", diz Romano.

Para o professor, o espírito republicano e democrático da Constituição de 1988 ainda não foi absorvido pela classe política no país. "A mentalidade dos nossos políticos é absolutista, de que uma vez que virou excelência não tem que prestar contas a ninguém", afirma Romano.

As exigências de transparência e prestação de contas feitas por inovações legislativas como a Lei da Ficha Limpa e a Lei de Responsabilidade Fiscal – as quais Romano chama de “leis de salvação nacional” -- são mecanismos que ajudam a modificar a atitude e a mentalidade dos partidos políticos, segundo defende o professor.

"A prestação de contas não é uma formalidade, é algo que define a concepção democrática de Estado", afirma Romano.

“Regras claras”

O advogado Torquato Jardim, ex-ministro do TSE, defende que seja exigida a aprovação das contas para a emissão da certidão de quitação eleitoral. "Quem teve conta rejeitada está se candidatando a um cargo público relevante, logo isso é um retrocesso", afirma Torquato. Segundo o advogado, as regras de prestação de contas são de fácil entendimento e bem conhecidas. "O candidato sabe como pode gastar e de quem pode e não pode receber. As regras do jogo são claras. Como pode [o candidato] não saber nem prestar contas?", indaga o advogado.

VEJA O PLACAR DA VOTAÇÃO

MINISTROSA FAVORCONTRA
Nancy Andrighi X
Cármen Lúcia X
Marco Aurélio X
José Antonio Dias ToffoliX 
Henrique NevesX 
Gilson DippX 
Arnaldo VersianiX                       

A primeira decisão do TSE, de limitar o registro de candidatura àqueles que tiveram as contas eleitorais aprovadas, foi tomada com base na interpretação de princípios constitucionais, afirma Torquato.

Segundo ele, a Constituição, no seu artigo 14, afirma que deverá ser levada em conta a vida pregressa do candidato para "proteger a probidade administrativa". No artigo 37, afirma como princípios da administração pública a "legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Além disso, acrescenta Torquato, o princípio da transparência nas contas públicas está bem sedimentado na interpretação da Constituição feita por diversos tribunais.

“Isso é um retrocesso e traz prejuízo para a prestação da Justiça Eleitoral porque vai liberar a candidatura de pessoas que não têm o menor predicado para se lançarem [candidatos]”, afirma o juiz Marlon Reis, juiz eleitoral da cidade de João Lisboa (MA) e membro do MCCE (Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

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Golpe branco, a nova estratégia da direita       
POR LUIZ EÇA            -  27.6.12

Nos últimos anos, os golpes militares saíram de moda. A opinião pública, mesmo nos países pobres e mais atrasados, não aceita o afastamento pela força dos eleitos pelo povo. Na América Latina, o povo vem elegendo, quase sempre, candidatos progressistas, de esquerda ou centro-esquerda.

Ora, trata-se do continente com a maior tradição de golpes militares contra esse tipo incômodo de governos. Continuar essa tradição é um caminho perigoso para as forças de direita. Não só repudiado pela própria população local, como também por outros países e entidades supranacionais, como a OEA, o Mercosul, a Unasul etc.

No mundo islâmico, a Primavera Árabe está detonando ditaduras e lutando para implantar democracias, com governos eleitos pelo povo. As classes dominantes nos países destas regiões, que usufruíam do poder sem ligar para direitos humanos, melhor distribuição da riqueza, justiça social e política externa independente, estão vendo seus privilégios ameaçados.

Porém, a direita é sábia. Criou uma grande solução: os golpes dentro da lei, os chamados golpes brancos. Para usar esta estratégia é preciso ter pelo menos o controle do legislativo. Foi o que aconteceu em Honduras, no Egito e no Paraguai.

O governo do presidente Zelaya tinha aderido à Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), criada pelo presidente venezuelano Chávez, e pretendia fazer a reforma agrária. Coisas inaceitáveis para a maioria dos oligarcas do país que dominavam o Congresso.

Providencialmente, a direita tinha colocado na Constituição que o presidente que desejasse alterá-la para permitir sua reeleição era passível de impeachment. Ora, Zelaya pretendia realizar um referendo sobre a elaboração de uma nova Constituição. Alegando que o presidente estava desejando modificações que permitissem sua reeleição, deveria ser deposto conforme a lei.

Na verdade, Zelaya jamais falara em pretender manter-se no poder. Mas, para as forças direitistas, tratava-se apenas de um detalhe... O importante é que os deputados tinham o direito de decidir conforme sua interpretação das leis constitucionais. E foi o que fizeram. Aprovaram o impeachment, facilmente, pois tinham maioria. O Judiciário, cujos membros haviam sido nomeados por governos anteriores de direita, também não vacilou em assinar embaixo.

E os militares, tão ansiosos em defender a democracia, não esperaram a publicação da ordem de afastamento de Zelaya. Foram correndo arrancar o presidente da cama para embarcá-lo num avião... e adiós. Tirando a forma com que Zelaya foi chutado, tudo o mais fora perfeitamente dentro da legalidade.

Bem, a OEA proíbe golpes militares. E o Continente inteiro protestou, não reconheceu a queda do presidente Zelaya. Até os EUA.

No começo, Obama comportou-se como o Obama da campanha presidencial. Cortou parte da ajuda americana a Honduras até que Zelaya fosse reconduzido ao governo. O que não aconteceu. O Parlamento hondurenho elegeu um presidente provisório, que marcou eleições livres.

Aí, Obama mudou. Afinal, a democracia estava sendo restituída ao país... E, embora a participação militar no golpe fora, digamos, um tanto desastrada, a deposição seguiu todos os aparatos legais. E o governo provisório prometera respeitar a democracia.

Alguns outros países latino-americanos seguiram os EUA, voltaram a ter relações com Honduras. Só o Brasil, a Venezuela, o Equador e a Bolívia resistiram muito tempo. No fim, os anos passaram, e também eles se conformaram.

Nas prometidas eleições livres, sem Zelaya e seus partidários, que eles não eram loucos de arriscar sua pele, ganhou o candidato da direita, Porfírio. No seu governo, Honduras se tornou o país com o maior índice de assassinatos do mundo. Contabilizou ainda 34 oposicionistas desaparecidos ou assassinados, mais de 300 pessoas mortas pelas forças de segurança e ainda 19 jornalistas também assassinados; por coincidência, quase todos contrários ao governo.

No Egito, os autores do golpe branco foram as forças armadas, que, no governo Mubarak, tornaram-se proprietárias de empresas dos mais variados ramos, representando mais de 20% da economia nacional.

Quando não dava mais para Mubarak resistir, os militares o convidaram a se retirar. Assumiram o poder, garantindo que sairiam logo que fosse eleito um presidente, coisa de uns seis meses. Aproveitaram a boa imagem que conseguiram junto ao povo para nomear uma comissão que redigiria uma lei constitucional provisória a ser democraticamente submetida a um referendo popular.

No entusiasmo das comemorações da queda do odiado regime, a população aprovou sem questionar essa constituição provisória. Aqui também a direita foi previdente: inscreveu na Constituição provisória artigos de interpretação dúbia que viria a utilizar politicamente.

Um deles ordenava negar registro a candidatos que tivessem sofrido condenações penais. Com isso, retiraram da competição pela presidência o mais prestigiado membro da Irmandade Muçulmana, inscrito pelo Partido da Paz e da Justiça.

Alegou-se em sua defesa que ele fora condenado por perseguição política do regime Mubarak. Mas, não pegou. Afinal, quem julgava eram praticamente os mesmos dos tempos da ditadura.

Em seguida, pouco antes das eleições presidenciais, a Suprema Corte foi acionada. Cumprindo lei da Constituição provisória que proibia a eleição de candidatos de partidos religiosos, os juízes cassaram o mandato dos deputados eleitos pelo Partido da Paz e da Justiça, sabidamente formado por gente da Irmandade Muçulmana.

Como esse partido tinha 40% do Parlamento, a Justiça egípcia aproveitou o embalo para decretar o fechamento do Parlamento inteiro. Lembre-se que os juízes da Corte Suprema do Egito, tendo sido nomeados por Mubarak, não devem gostar nada da Primavera Árabe e dos seus partidos, responsáveis pela queda do ditador amigo.

Não surpreendeu ninguém o fato de eles não terem protestado quando os militares completaram o golpe branco: editaram novas leis que lhes davam o poder legislativo e limitavam muito os poderes do presidente a ser eleito.

Ninguém duvida que os militares, no gozo dos seus poderes legislativos, nomearão gente de sua confiança para fazer a nova constituição. Certamente será uma constituição sob medida para seus interesses.

Entre outras restrições, o presidente não terá alçada sobre o orçamento militar. E as forças armadas tornam-se totalmente independentes dele, que não poderá sequer convocar o exército para reprimir revoltas.

Prevendo que a reação popular a todos estes atos arbitrários poderia ser violenta, a junta militar emitiu também outra lei, criando uma série de novos crimes como, por exemplo, obstruir o trânsito, o que acontece normalmente nas manifestações da praça Tahrir. Os órgãos de segurança e os militares terão direito de prender os infratores.

Medidas ilegais? Não, afinal a junta militar tem poderes legislativos de acordo com a constituição provisória, que fizeram no ano passado. O golpe branco não acabou aqui.

A comissão eleitoral, presidida por um general, anunciou que adiaria sine die a publicação dos resultados da eleição no dia marcado para poder julgar recursos, pedindo anulação de apurações em diversas regiões.

Ao mesmo tempo, fontes militares informaram “sigilosamente” a diplomatas de países do Ocidente e jornalistas que o general Shafiq seria anunciado como vencedor no domingo à noite. Mas, no domingo, soube-se oficialmente que foi Mursi quem ganhou.

No seu discurso de posse, o candidato da Irmandade Muçulmana declarou que respeitaria todos os tratados internacionais. Estranho já que, durante a campanha, prometeu rever o acordo com Israel, taxado por ele de “o grande inimigo”. Isso faz supor que houve uma negociação para obter o apoio dos EUA.

Acredito que, por sua vez, os militares exigiram que a Irmandade Muçulmana aceitasse o papel constitucional assumido pelo exército, se quisesse o reconhecimento da vitória do seu candidato.

Foi assim que, sem desrespeitar as leis vigentes, os militares reuniram em suas mãos os poderes legislativo e judiciário. Poderão fazer a nova Constituição, de acordo com seus interesses, mantendo-se como um verdadeiro Estado dentro do Estado. E deixarão para o povo o direito de ter escolhido o presidente, porém, um presidente fraco, praticamente sem poderes.

O terceiro golpe branco aconteceu no Paraguai. O presidente Lugo era totalmente inaceitável para os grupos econômicos que mandaram no Paraguai durante 72 anos. Além de pertencer a um movimento de esquerda, prometia realizar a reforma agrária. Como seu partido não tinha expressão, Lugo aliou-se ao Partido Liberal, que forneceu o candidato a vice-presidente.

Eleito, ele teve de enfrentar a oposição do Congresso, reforçada pelos deputados liberais, cujo partido rapidamente rompeu com o governo.

Cada projeto importante do governo Lugo foi sistematicamente rejeitado. Além disso, teve de se haver com a sabotagem de um funcionalismo ineficiente e corrupto.

E contrário a ele, basta dizer que, conforme pesquisa, 30% dos funcionários de carreira pertenciam ao Partido Colorado, o principal partido de direita. Num contexto tão hostil, Lugo não teve condições de realizar nada. Perdeu prestígio.

Como não se preocupou em fortalecer os grupos que o apoiavam, os movimentos sociais e camponeses, ficou sem condições de se defender. Tendo contra si um governo debilitado, a direita tentou várias vezes promover sua deposição.

A última tentativa deu certo. Um conflito entre a polícia e camponeses resultou em 17 mortes. Os deputados da oposição aproveitaram o clima de horror e indignação que se criou para depor Lugo de forma legal.

Na Constituição paraguaia, feita pela direita, há um artigo que permite o afastamento do presidente por “mau desempenho”. Esta cláusula é dúbia e pode ser objeto das mais variadas interpretações. Como dominavam o Legislativo as forças de direita, culparam Lugo pelas mortes no conflito e interpretaram sua culpa como aquele “mau desempenho” que permite o impeachment do presidente.

O golpe branco se concretizou com a aprovação do impeachment pela Câmara e pelo Senado. Só não foi perfeito devido à sofreguidão dos deputados e senadores direitistas que liquidaram a fatura num prazo verdadeiramente obsceno: 30 horas.

Os governos latino-americanos reagiram com indignação, suspendendo o Paraguai do Mercosul e da Unasul. Foi convocada uma reunião da OEA para discutir a questão. Não se sabe qual será o resultado, pois os EUA não perderam tempo em reconhecer a eleição do sucessor de Lugo. Para eles, não houve rompimento da ordem democrática, pois Lugo foi derrubado de acordo com a Constituição e o vice foi empossado, também legalmente.

Mais importante: enquanto Lugo era um esquerdista, embora moderado, seu sucessor Federico é um homem de direita, será certamente um fiel aliado da Casa Branca. É de se acreditar que, com o tempo, o governo direitista do Paraguai acabará reconhecido por quase todas as nações, inclusive da América Latina.

Como todo golpe branco, a derrubada de Lugo baseou-se em interpretações subjetivas de artigos pouco claros da Constituição. Tanto o governo de direita do Paraguai, quanto os do Egito e de Honduras, foram conquistados dentro de uma democracia formal, que esconde um golpe contra a vontade do povo.

A tendência é que novos golpes brancos se sucedam até que a comunidade internacional, através da ONU e de entidades regionais, abra os olhos e se organize para defender a democracia que todos querem.

FONTE: Correio da Cidadania

sexta-feira, 29 de junho de 2012


PENSE!

Depois de ouvir os vereadores de Apucarana, Paraná, aprovarem POR UNANIMIDADE a reza do PAI NOSSO em sala de aula todos os dias.

NELSON RODRIGUES: A  unanimidade é burra.

Além disso, eçes vereadô desconhecem a Constituição do próprio país. desconhecem lei e fazem leis!

Octávio.

Via Facebook

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A falha da folha

Folha de São Paulo: Defesa de Cachoeira vai ao Supremo para EMPRESÁRIO  deixar prisão...

Desculpem a FALHA da FOLHA: confundiu contraventor, bicheiro com empresário ....

ah, Mário!

A esperança é um urubu pintado de verde. 

Mário Quintana

Torturadores...


Do Blog de Roberto Romano
Estado

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Ustra é condenado por tortura e morte de jornalista na ditadura

O ex-chefe do DOI-Codi deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil à família de Luiz Eduardo da Rocha Merlino

26 de junho de 2012 | 18h 03Print 
Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto sob tortura em 19 de julho de 1971 nas dependências do DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), núcleo de repressão do regime militar então sob comando do acusado.
'A condenação desrespeita a Lei de Anistia', disse o advogado de Ustra - Fabio Motta/AE
Fabio Motta/AE
'A condenação desrespeita a Lei de Anistia', disse o advogado de Ustra
A sentença é da juíza Claudia de Lima Menge, da 20ª Vara Cível da Capital. Cabe recurso.
É o primeiro revés do coronel Ustra no âmbito judicial. O Ministério Público Federal, frequentemente, fustiga o militar, a ele atribuindo torturas e mortes nos porões.
Ustra terá que pagar R$ 50 mil a Regina Maria Merlino Dias de Almeida, irmã da vítima, e a Angela Maria Mendes de Almeida, sua companheira.
"Evidentes os excessos cometidos pelo requerido (Ustra), diante dos depoimentos no sentido de que, na maior parte das vezes, o requerido participava das sessões de tortura e, inclusive, dirigia e calibrava intensidade e duração dos golpes e as várias opções de instrumentos utilizados", asssinala a juíza Claudia Menge. "Mesmo que assim não fosse, na qualidade de comandante daquela unidade militar, não é minimamente crível que o requerido não conhecesse a dinâmica do trabalho e a brutalidade do tratamento dispensado aos presos políticos. É o quanto basta para reconhecer a culpa do requerido pelos sofrimentos infligidos a Luiz Eduardo e pela morte dele que se seguiu, segundo consta, por opção do próprio demandado, fatos em razão dos quais, por via reflexa, experimentaram as autoras expressivos danos morais."
Segundo Claudia de Lima Menge, o processo não guarda relação com a Lei de Anistia, de 1979, por esta ser "de âmbito exclusivamente penal".
"Não é de olvidar, porém, que até mesmo a anistia assim referendada pela Corte Suprema não está infensa a discussões, tendo em conta subsequente julgamento proferido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em que o Brasil foi condenado pelo desaparecimento de militantes na guerrilha do Araguaia, enquadrados os fatos como crimes contra a humanidade e declarados imprescritíveis", destaca a juíza.
Militantes do Partido Operário Comunista (POC), Merlino e Angela Mendes de Almeida estavam na clandestinidade desde 1968. Em 1971, após um período na França, o jornalista voltou ao Brasil. Em 15 de julho, quando visitava a família em Santos, litoral paulista, foi levado preso por agentes do DOI-Codi.
Segundo relatos de testemunhas, nas dependências do órgão Merlino passou por severas sessões de tortura, que acarretaram sua morte quatro dias depois. Companheiros de prisão, entre eles o ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, que depôs perante a 20.ª Vara Cível de São Paulo, afirmam tê-lo visto com evidentes sintomas de falta de circulação nas pernas, consequência das horas no pau de arara.
A versão oficial para a morte de Merlino foi suicídio - ele teria se jogado na frente de um carro quando era transportado ao Rio Grande do Sul para reconhecer colegas militantes.
O advogado Paulo Alves Esteves, que defende o coronel Ustra, disse que vai recorrer da sentença ao Tribunal de Justiça do Estado. "A condenação desrespeita a Lei de Anistia", observou Esteves.

Sublime!


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Paraguai: Oviedo, quem não sabia?!


Via Roberto Romano

WikiLeaks: impeachment de Lugo era planejado há anos

Paraguai

WikiLeaks: impeachment de Lugo era planejado há anos

EUA CONHECIAM PLANO DA OPOSIÇÃO PARA DERRUBAR EX-PRESIDENTE DESDE 2009

Ex-general Lino Oviedo teria planejado destituição de Lugo desde a sua posse (Marcos Brindicci/Reuters) 
Um documento vazado pelo site WikiLeaks e posto em evidência nesta terça-feira pelo canal de notícias TN, da Argentina, reforça o que já se sabia: que o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo vinha sendo planejado há anos pela oposição do Paraguai. O texto, datado de 28 de março de 2009, foi enviado pela embaixada dos Estados Unidos em Assunção com destino ao Departamento de Estado em Washington.
Leia também: Parlamentares esperavam a hora certa para impeachment

"Correm rumores de que o líder do partido Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos), o senador e ex-general Lino Oviedo, junto ao ex-presidente Nicanor Duarte Frutos, buscariam destituir Fernando Lugo com um impeachment dentro do Parlamento", dizia o texto. "Seus objetivos comuns: capitalizar qualquer erro de Lugo que resulte na quebra da aliança política no Congresso, submeter Lugo a um impeachment e assegurar a supremacia política", afirma ainda o documento reproduzido na segunda-feira.

O plano incluía a posse de Federico Franco como presidente. Frutos ficaria no Senado e em terceiro lugar na linha de sucessão do governo, com a possibilidade de voltar à Presidência. O documento também informa que, na época, sem o apoio dos liberais (classificados de "tubarões políticos cercando Lugo" pela embaixada), era impossível conseguir a maioria necessária da oposição para derrubar o ex-presidente no Parlamento.

Pouco depois de assumir a Presidência, Lugo foi informado de que Oviedo e Frutos estariam articulando sua queda, o que levou o presidente deposto a denunciar o encontro e pedir as "credenciais democráticas" do ex-general. A partir deste incidente, Lugo e Oviedo travaram uma guerra declarada pelo poder. Oviedo teve um papel fundamental na queda do regime do colorado Alfredo Stroessner, enquanto também foi acusado de orquestrar um golpe de estado em 1996, quando se recusou a deixar o comando do Exército.
Perda de apoio - Em entrevistas ao site de VEJA na semana passada, analistas políticos observaram que discussões sobre o impeachment de Lugo atravessaram todo o seu período de governo. A ideia ganhou força agora porque ele se viu destituído de aliados e apoio popular. "Lugo se afastou do Congresso, das promessas de campanha e da população. Permitiu que grupos de insurgentes de cunho quase terrorista e outros dedicados ao tráfico de drogas se instalassem no campo, trazendo ameaça à paz social", resume Alberto Pfeifer, professor da Universidade de São Paulo.

Impactos ambientais..


Baixar versão em PDF Campinas, 25 de junho de 2012 a 01 de julho de 2012 – ANO 2012 – Nº 531
ORGANISMOS AQUÁTICOS
SÃO USADOS NA DETECÇÃO DE
CONTAMINAÇÃO POR CORANTES
Pesquisadores da FT avaliam compostos
despejados por indústrias em rios e córregos
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Pesquisadores do Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental Prof. Dr. Abílio Lopes (LEAL), da Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp, instalada em Limeira, estão utilizando organismos aquáticos para identificar os impactos provocados pela presença de corantes em rios e córregos do Estado de São Paulo. Classificados como contaminantes emergentes, esses compostos trazem danos para a biota e representam um risco iminente para a saúde humana. “Mesmo em pequenas concentrações, esses corantes, muito utilizados pelas indústrias têxteis e de alimentos, entre outras, já causam efeitos adversos, como a morte e o atraso na regeneração de organismos aquáticos”, afirma a coordenadora do LEAL, professora Gisela de Aragão Umbuzeiro.
A linha de pesquisa, que conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi implantada há três anos, com a chegada da docente à Unicamp. “Eu trabalhei durante 22 anos na Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo]. Quando ainda estava lá, nós já identificávamos a presença de corantes em mananciais, mas até aquele momento ainda não havíamos associado esses compostos a efeitos adversos à biota. Somente após minha vinda para a Universidade, foi que pude dar prosseguimento às pesquisas iniciadas no pós-doutorado realizado nos Estados Unidos”, relata a professora Gisela.
De acordo com ela, os testes ecotoxicológicos realizados no laboratório têm demonstrado que alguns corantes são bastante tóxicos, pois causam efeitos deletérios, ainda que em pequenas concentrações. “Cerca de 100 microgramas de corante por litro de água já são suficientes para provocar, por exemplo, a morte de organismos como a pulga d’água, um microcrustáceo, e inibir o crescimento de algas de água doce, ambos de elevada importância dentro da cadeia trófica”, afirma a pesquisadora. Até aqui, o manancial mais trabalhado pela equipe do LEAL foi o Ribeirão dos Cristais, situado em Cajamar, cidade da Região Metropolitana de São Paulo.
Naquele local, conforme a professora Gisela, o problema relativo à saúde humana foi resolvido. “Assim que nós detectamos o lançamento de efluentes contaminados por corantes no manancial, a indústria foi notificada. Agora, a empresa de saneamento coleta os efluentes e os lança depois da estação de tratamento de água. Foi uma medida paliativa, visto que a questão ainda não está totalmente resolvida, pois o impacto ao ambiente persiste. Nós continuamos coletando amostras de água do ribeirão e observamos que os corantes seguem presentes”, diz. Recentemente, prossegue a pesquisadora, o mesmo trabalho foi iniciado na região de Americana, onde existe uma grande concentração de indústrias têxteis. “Estamos coletando amostras do Ribeirão Quilombo e do Rio Piracicaba. Preliminarmente, já constatamos a presença de corantes em alguns pontos. O próximo passo será identificá-los e quantificá-los”.
Além de formar recursos humanos qualificados, o grande objetivo do LEAL, conforme a sua coordenadora, é, a partir das avaliações de riscos, estabelecer valores seguros que possam preservar a biota e, consequentemente, a saúde da população. “Nós queremos dizer para a sociedade o seguinte: tais concentrações são aceitáveis, pois não representam risco para o ambiente ou o homem. Com isso, nossas autoridades também terão elementos para criar regulamentações que permitam estabelecer maior controle em torno desses contaminantes emergentes”, detalha a professora Gisela. Essa questão é importante, de acordo com ela, pois não é possível ao Brasil tomar por base leis de países desenvolvidos para adaptá-las à nossa realidade.
A pesquisadora destaca que o problema da contaminação da água por corantes ocorre principalmente em nações emergentes como Brasil, Índia e China, onde os tecidos são tingidos. “Os países ricos compram o tecido pronto. É aqui, onde a produção está concentrada, que parte das substâncias utilizadas para dar cor às roupas vai para os rios e córregos. Estou falando da indústria têxtil, por causa do grande volume de água utilizado pelo setor na fase de produção. Entretanto, outros segmentos, como o alimentício e o de cosmético, também fazem uso de corantes”, pontua a coordenadora do LEAL. A professora Gisela assinala que todo esse trabalho não seria possível sem a colaboração de outras instituições, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp-Araraquara e Botucatu) e a Universidade de São Paulo (USP). “Além disso, temos mantido parcerias com universidades do exterior, para onde enviamos nossos alunos para que ampliem a sua experiência e adquiram novos conhecimentos”, completa a coordenadora do LEAL.
Na opinião da pesquisadora, o melhor modo de enfrentar o problema da contaminação da água por corantes é agir no processo de tratamento de efluentes das indústrias. Os sistemas utilizados atualmente, segundo a professora Gisela, não foram desenhados para remover esses compostos. Normalmente, o que se faz é filtrar e/ou tratar os efluentes biologicamente e finalmente adicionar cloro para então lançá-los nos mananciais. “Isso não é suficiente. Ainda que, em alguns casos, a cloração faça com que a cor desapareça parcialmente da água, os contaminantes persistem. Ademais, tal procedimento pode gerar outros tipos de compostos ainda mais tóxicos do que os presentes originalmente nos efluentes”, alerta.
Justamente por causa dessa deficiência no tratamento dos efluentes, destaca a pesquisadora, é que o projeto desenvolvido pela sua equipe contempla também estudos sobre diferentes formas de remoção de contaminantes da água empregada no processo de produção industrial. “Estamos avaliando vários tratamentos, inclusive os oxidativos avançados, realizados por pesquisadores da Unesp de Araraquara. Nosso objetivo é verificar, através de ensaios, se a qualidade da água é pior com ou sem a cor. Vamos seguir nesse trabalho até que consigamos reduzir tanto a cor, quanto a toxicidade e a mutagenicidade. Em outras palavras, queremos chegar a um tratamento que seja eficaz. Dessa forma, estaremos contribuindo para proteger o ambiente e, consequentemente, a população”, reforça a docente da FT.
Mais recentemente, continua a professora Gisela, o LEAL introduziu na linha de pesquisa alguns organismos marinhos. A intenção dos pesquisadores é utilizá-los para avaliar a qualidade da água do mar e de estuários. A decisão decorre do fato de a costa brasileira ter uma importância muito grande em termos econômicos e sociais. “Esse trabalho, porém, é mais difícil de ser feito. É que os organismos marinhos vivem em um meio que contém sal, substância que interfere nas análises químicas e na solubilidade dos corantes. Trata-se de um grande desafio, que pretendemos superar com a qualificação da nossa equipe. Vários de nossos pós-graduandos estão realizando estágios em outras instituições, tanto dentro quando fora do Brasil, para que possamos aprender mais sobre estudos nessa área”.
Qualidade
Paralelamente a todo esse trabalho, o LEAL também está se preparando para adotar um sistema de qualidade que lhe permita receber um certificado de acreditação de acordo com a norma ISO/IEC17025. Ao atingir essa condição, o laboratório poderá prover dados inclusive para instituições estrangeiras interessadas em contratar testes ecotoxicológicos. “Na Europa, existe uma demanda grande por análises com organismos aquáticos”, informa a professora Gisela. Ademais, diz a pesquisadora, pesquisas realizadas a partir de ensaios feitos em laboratório acreditado ganham em credibilidade. “Nesse caso, os procedimentos dificultam condutas inadequadas ou fraudes, pois o controle é muito grande. Vale observar, porém, que o objetivo desse controle não é inibir a criatividade ou a iniciativa do pesquisador. Tudo pode ser feito, até protocolos podem ser mudados, desde obviamente que cada passo seja registrado”.
Tão importante quanto tornar o LEAL um laboratório acreditado, no entender da professora Gisela, é formar recursos humanos dentro de uma cultura de qualidade. “Penso que já alcançamos 40% do processo. Já criamos o arcabouço: providenciamos boa parte da documentação necessária e estabelecemos regras. O que nos falta, ainda, é implementar a garantia da qualidade, que vem por meio, por exemplo, da calibração de equipamentos e utilização de materiais de referência. Nesse esforço, estamos tendo completo apoio por parte da alta administração da Faculdade. Posteriormente, nossa intenção é levar essa experiência para os demais laboratórios da FT. Trata-se de um projeto audacioso, mas que pode ser plenamente alcançado. Para atingir essa meta, vamos precisar da colaboração da Universidade, visto que são processos que exigem investimentos significativos”, considera.

 Publicações
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