Do coração e outros corações

Do coração e outros corações

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Em Portugal...e lá como cá...


Pedintes, não 

blog  A TERCEIRA NOITE

PORTUGAL

 

Uma das práticas mais detestáveis, comum no Portugal que desapareceu com a queda do decrépito Estado Novo, foi a instituição do «pedido». Numa sociedade profundamente desigual e impedida pela censura de alimentar a vigilância pública, a distribuição de cargos, empregos e sinecuras raramente era feita de um modo transparente, pela via do mérito premiado ou do concurso público. O caminho mais habitual, em particular nos cargos de nomeação oficial ou na área dos serviços, era seguir-se a via hereditária, sendo rotineira a prática do nepotismo, ou então da amizade associada a relações de proximidade e de dependência. Fora desta modalidade, a distribuição de lugares era quase sempre obtida, com poucas exceções, através do «pedido» e do consequente «favor». A proteção ou a promoção eram imploradas a quem tinha capacidade para as conceder, ou para influenciar o decisor, fazendo-o em regra às custas de outros candidatos com patrocinadores menos fortes ou com manchas curriculares causadas, por exemplo, por atitudes sociais menos conformistas. Continuar a ler 

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