Os argumentos são fortes; são argumentos por autoridade, uma vez que usa vasta documentação como provas das transações financeiras (eufemismo) feitas pelo tucanato comandado por José Serra. Essas provas deixam-nos estupefactos. Deixou-me sem fôlego a história das duas Verônicas, a Verônica Serra (filha de Jose Serra) e a Verônica Dantas (irmã do banqueiro Daniel Dantas). Foram sócias da extinta empresa Decidir.com, com sede em Miami. A empresa das duas Verônicas acessou dados de milhões de correntistas brasileiros, via um convênio com o Banco do Brasil, na época em que o presidente do BB era o tucano Paolo Zaghen. Cíntia Yamamoto, empregada da Decidir.com afirmou que empresa orientava o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, como é feita pela Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas. Ver AQUI
O livro mostra como e comprova com documento as ações das duas Verônicas no governo FHC e nas privatazições feitas no Brasil. Não é para qualquer um. A privatização de FHC (contando com a fausta contribuição de Zé Serra e outros) dá um banho em quaquer um de nós. Dá labirintite no leitor. É uma rede insana de empresas offshores no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. Nada comprado ao vil mensalão. O mensalão - episódio político baixo e vil - que nos desencantou com o petismo, fica devendo à privataria. Se o mensalão ficou ligado à rede do careca mineiro Marcos Valério, a privataria tucana tem uma rede mais vasta e mais difícil de ser localizada. Nomes conhecidos passam pelas páginas: Ricardo Teixeira, seu irmão GUilherme Teixeira, Nahas ("dono" do bairro Pinheirinho em São Jose dos Campos, onde 10 mil moradores estão sendo desalojados pelo prefeito TUCANO) tasso Jereissati, e outros. Em vez do pastelão Marcos Valério, temos gerentes de alta estirpe na privataria. Um deles é Ricardo Sergio de Oliveira, Mr Big. Amigo do ex-ministro das Comunicações de FHC, Luiz Mendonça de Barros, do ex-ministro da Casa Civil de FHC, Clovis Carvalho, Ricardo Sergio, foi o homem do ZÉ Serra. Mr Big ou Ricardo Sergio não é um personagem qualquer. Fez a diferença na privataria e no caixa de campanha de Serra. Outro amigo de Serra que fez a GRANDE diferença foi Gregorio Marin Preciado. Ex-sócio de Serra e primo, Preciado inchou o caixa de Serra quando candidato à presidência. no livro podemos ver a estupenda movimentaçao de dinheiro de Preciado nos EUA.
É uma longa história das baixezas humanas. Nesse rol de baixezas ficamos mais por dentro do episódio petista dos aloprados petistas que queriam comprar um dossiê contra Serra. A coisa é mais em baixo e o que temos é um episódio de fogo amigo de Rui Falcão e Palocci (a facção paulista dp PT) contra Pimentel de Minas Gerais. Se a gente acha que a esquerda não doa seus amigos para a direita, então somos todos bebês recém-nascidos. Vale a pena ler. Talvez a gente saiba que Palocci ou Rui falcão tenham vazado notícias (aspas) até mesmo para Diogo Mainardi.
E terminei o livro achando que a palavra amizade entre a esquerda não exxiste no dicionário.
Ainda estou chocada com tudo que li. Preciso de mais tempo para resenhar o livro, tarefa que me proponho a fazer em breve. E se eu fosse filiada ao PSDB, me enforcaria de vergonha.
PS. Dois jornalistas da Folha de São Paulo merecem destaque no rol das baixezas tucanas. Horror!
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