30 anos do
massacre de Sabra e Chatila
Atividades
lembram 30 anos do massacre de Sabra e Chatila
Na madrugada
de 16 de setembro de 1982, pelos menos três mil refugiados palestinos foram
executados por milícia cristã com o apoio de Israel
O massacre no campo de refugiados de Sabra e
Chatila, que deixou mais de 3 mil palestinos mortos, completará trinta anos na
próxima segunda-feira (17/09). Por conta da ocasião, movimentos sociais
relacionados à luta palestina organizam diversos eventos sobre a tragédia em
São Paulo.
Debates, filme e um ato público pretendem lembrar a
história das crianças, mulheres e idosos que foram torturados e executados pela
milícia de extrema-direita libanesa Falange, com a permissão de Israel durante
a guerra civil do Líbano.
Sob a ordem do então ministro de Defesa, Ariel
Sharon, as Forças Armadas israelenses cercaram o campo de refugiados depois que
a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e outros grupos libaneses
haviam saído para lutar no conflito.
Na madrugada do dia 16 de setembro de 1982, os
militares israelenses deixaram o caminho livre para os falangistas entrarem no
campo em Beirute e executarem os refugiados alojados. Mulheres foram
estupradas, enquanto crianças, idosos e homens, mortos com facadas.
Os eventos em solidariedade à luta palestina e às
vítimas do massacre começam nesta segunda-feira (17/09) e se estendem até o dia
25 de setembro.
A Frente em Defesa do Povo Palestino, comitê de
movimentos e partidos que defendem o fim da ocupação israelense, convocou uma
manifestação na segunda (17/09) e, em conjunto, com a Frente Palestina da USP e
Apropuc (Associação dos Professores da PUC), promove dois debates sobre o
evento.
Na terça-feira (18/09), os participantes terão de
escolher entre duas atividades sobre o massacre de Sabra e Chatila.
Às 19 horas, uma discussão acontecerá na PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e contará com a presença de
Aldo Cordeira Sauda, internacionalista que viveu no Egito durante a Primavera
Árabe, além de outros nomes a serem confirmados.
No mesmo dia, o núcleo de cinema do Outubro Vermelho
promove a exibição do filme "Valsa com Bashir". A produção premiada
retrata as tentativas de um ex-soldado israelense de recuperar suas memórias
sobre a guerra e os acontecimentos em Sabra e Chatila.
No dia 25 de setembro, o debate acontecerá na USP
(Universidade de São Paulo). Na mesa, estarão a professora Arlene Clemesha,
historiadora especialista em Palestina, Yuri Haasz, pesquisador do conflito
israelense-palestino, Waldo Melmerstein, Nadim Majdoub e Soraya Misleh,
ativistas da causa palestina.
Agenda
ATO PÚBLICO
Segunda-feira (17/09) às 17h
Local: Av. Paulista, 2.100 - esquina com a Rua Augusta (em frente ao
Banco Safra)
DEBATES
Terça- feira (18/09) às 19h
Local: Auditório 239 do Prédio Novo da PUC-SP - Rua Monte Alegre, 984,
campus Perdizes.
Apoio: Apropuc-SP (Associação dos Professores da PUC-SP)
Terça-feira (25/09) às 17h30
Local: Sala das Ciências Sociais da USP - Avenida Professor Luciano
Gualberto, 403, Cidade Universitária
Apoio: Frente Palestina da USP
FILME: "VALSA COM BASHIR"
Terça-feira (18/09) às 20h
Local: Ecla (Espaço Cultural Latino-Americano) – Rua da Abolição, 244,
Centro.
Sinopse: Em uma noite num bar, um velho amigo conta ao diretor Ari
Folman sobre um sonho que tem repetidamente no qual ele é perseguido por 26
cães ferozes. Toda noite o mesmo número de feras. Os dois homens concluem que
existe uma ligação entre o sonho e sua missão no exército de Israel na primeira
Guerra no Líbano no início dos anos oitenta. Ari Folman se surpreende por não
conseguir lembrar de mais nada sobre aquele período de sua vida. Intrigado por
esse mistério, ele decide encontrar e entrevistar seus velhos amigos e
companheiros espalhados pelo mundo. Documentário em animação vencedor do Globo
de Ouro de melhor filme estrangeiro.
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