Do coração e outros corações

Do coração e outros corações

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

  1. do blog de Roberto Romano


    F

    De Rerum Natura. Um dos motivos para ensinar e aprender

     matemática. E uma das causas do descalabro no ensino matemático brasileiro.

    Salário Mínimo no Brasil

  2. FEB
    8

    Estado. Na medida em que tal escândalo ( a mãe de todos os escândalos) não for sanado, o povo soberano será vítima da lábia tirânica dos misólogos que dominam o Brasil. Não por acaso, políticos nacionais odeiam a universidade, o ensino público, a leitura, as contas, os cálculos. Sem o domínio da matemática, os dominados engolem todas a bravatas e mentiras demagógicas. Uma leitura necessária : Diderot, no Plano de Uma Universidade para a Rússia. Alí, o grande filósofo das Luzes defende o ensino matemático como pressuposto da liberdade. E conta trechos históricos. Assim, quando Lutero exigiu a leitura da Biblia por todos os fiéis: para atingir o alvo, foram criadas escolas que, além da leitura, ensinavam aritmética e conexos. Os Junkers, latifundiários vorazes e covardes, ardilosos como todos os dominadores, tiveram sua tarefa de enganar os camponeses dificultada. Diderot propõe um Catecismo Cívico, no qual os dominados pudessem conhecer as leis, os elementos básicos das matemáticas, etc. O texto está publicado nas Obras de Diderot (Ed. Perspectiva). Condorcet defendeu o aprendizado do cálculo das probabilidades para o maior número possível de cidadãos. Quem deseja saber a causa da proposta, leia o alentado volume dele sobre as eleições. Informes detalhados são fornecidos por François Dagognet (Philosophie de l 'Image), no capítulo sobre eleições. Ler Diderot é uma vacina contra os fascismos de direita e de esquerda, inimigos jurados do pensamento e da lógica. RR

    Em apenas 35 cidades do País mais da metade dos alunos sabe matemática

    O restante não tem conhecimento compatível com a série em que está, mostra relatório anual

    07 de fevereiro de 2012 | 23h 38
    Mariana Mandelli, de O Estado de S. Paulo
    SÃO PAULO - Apenas 35 cidades brasileiras – 0,6% do País – têm 50% ou mais de seus alunos com aprendizado em matemática adequado à série que cursam. Isso quer dizer que a maior parte dos estudantes desses municípios não aprendeu, por exemplo, a identificar objetos em mapas e a resolver problemas com números inteiros e racionais fazendo várias operações. Os dados se referem ao 9.º ano do ensino fundamental das redes públicas. 

    Meta do plano é de que, até 2022, 70% ou mais dos alunos tenham aprendido o conteúdo da série - Antonio Milena/AE - 31/07/2008
    Antonio Milena/AE - 31/07/2008
    Meta do plano é de que, até 2022, 70% ou mais dos alunos tenham aprendido o conteúdo da série
    No caso da língua portuguesa, esse índice é de 1,2%. Ou seja: apenas 67 municípios apresentam a metade ou mais de seus estudantes com conteúdo satisfatório para o ano da escola em que estão. Isso significa que a grande maioria ainda não aprendeu a identificar o conflito e os elementos que constroem a narrativa de um texto, por exemplo.

    Os dados são referentes a 2009 e constam do relatório anual do movimento Todos Pela Educação, apresentado na terça-feira, 7. Todo aluno com o aprendizado adequado à sua série é uma das metas da organização.

    Para acompanhar o desenvolvimento desse processo nos municípios, a organização usa o porcentual de estudantes com aprendizagem adequada em língua portuguesa e matemática. As duas disciplinas são avaliadas em todo o País pela Prova Brasil, no 5.º e 9.º ano do fundamental, e pelo Saeb, nas mesmas séries e também no 3.º ano do médio.
    No caso do 5.º ano, em matemática, são 1.029 as cidades (19%) que têm 50% ou mais de seus alunos sabendo o que foi ensinado – como ler dados em tabelas. Em língua portuguesa, essa taxa cai para 14,3% – ou 773 cidades – com metade ou mais dos estudantes sabendo, por exemplo, identificar efeitos de humor em um texto.

    Nenhuma das capitais do País tem metade ou mais de suas crianças e jovens com o aprendizado adequado nas duas disciplinas dos dois anos avaliados. As taxas mais altas pertencem a Belo Horizonte, com 49% de suas crianças do 5.º ano com conteúdo correto em português e em matemática. 

    Esses mesmos índices, na cidade de São Paulo, são de 33,6% para matemática e 34,5% para língua portuguesa. 

    Cidades grandes paulistas, como Campinas, também têm todos os índices abaixo da metade. O mais baixo é 12,3% de alunos do 9.º ano com aprendizado adequado em matemática.

    O secretário de Educação do município, Eduardo Coelho, reconhece que o aproveitamento escolar no 9.º ano é um “sinal amarelo” para os administradores. “Isso reflete o que vem ocorrendo desde anos anteriores e mostra que temos de caprichar, fazer mais investimentos, trabalhar para que o aluno tenha vontade de ir à escola, de aprender”, afirmou Coelho.

    Objetivos. Parte dos municípios e Estados cumpriu as metas do Todos Pela Educação para aprendizado adequado. Em matemática, no 5.º ano, por exemplo, cinco Estados deixaram de atingir as metas. Já no 9.º ano, só quatro Estados as atingiram.

    Para os especialistas em educação básica, não aprender o que foi ensinado acarreta em prejuízos sociais. “Temos de manter a eficiência do processo. Vemos hoje que, no 5.º ano, a porcentagem de alunos que aprendem o esperado é maior que no 9.º ano – que, por sua vez, é maior que no fim do ensino médio”, explica Priscila Cruz, diretora executiva da organização.

    “É uma crise que estamos vivendo no País, e toda a ineficiência desse sistema acaba desaguando no ensino médio: apenas 11% dos que concluem têm aprendizado suficiente em matemática”, afirma Priscila.

    A meta do Todos Pela Educação é de que, até 2022, 70% ou mais alunos tenham aprendido o conteúdo ensinado em sua série. Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, afirma que o problema da aprendizagem depende de um conjunto de fatores, que passa até mesmo pela infraestrutura da escola.

    “A qualidade do equipamento escolar hoje é muito baixa. Não é só um problema curricular ou de motivação do docente: a escola deve promover a cidadania por meio de sua infraestrutura.”

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    Comentário:

    o ensino de matemática nas licenciaturas é de extrema penúria. Os professores universitários de matemática acreditam que a matemática é divina, só eles a entendem. Tratam os alunos de matemática como seres de segunda categoria. Estes, por sua vez, quando se tornam professores de crianças e jovens imitam os nobres docentes universitários. O ciclo de Homens e carangueijos caranguejos

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