de Hiro Kumasaka
do Blog de ROBERTO ROMANO
Certa feita, encontrei o professor Maurício Tragtemberg na Livraria Francesa, em São Paulo.
Havia me impressionado o dono da confecção Dijon: mandara fazer um escritório, com estantes só com a
lombada dos livros. Era mais fácil limpar, alegava ele.
Para caracterizá-lo, chamei-o de "intelectual de resultados".
Era a época do sindicalismo de resultados...
O professor adorou a expressão.
Vou usá-la, disse-me ele, não sem antes asseverar que reconheceria a autoria.
Imagine, eu era um obscuro aluno da UNICAMP, como sou hoje um obscuro servidor público.
Pois bem, essa história me vem ao espírito quando leio a matéria abaixo: uma dissertação de mestrado com
15 referências bibliográficas
e que, ainda por cima, serviu para conferir grau de mestre em duas disciplinas distintas,
Sociologia e Direito, apenas com um interstício temporal de 3 anos.
Ah, sim, houve ampliação do número de referências: de 15 para 31.
Em homenagem ao mestre (hoje, doutor), as bancas que o aprovaram (com distinção e louvor?)
e à PUC/SP, reconheça-se, portanto, ter havido duplicação do número de referências, sinal de trabalho
árduo. Saudades do professor Maurício Tragtenberg, para quem um fato desses causaria revolta e vergonha.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1047408-gabriel-chalita-fez-autoplagio-para-obter-2-mestrado.shtml
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