Depois da polícia, professores das universidades estaduais ameaçam parar
Categoria quer que o governador Beto Richa cumpra acordo.
Após o perigo iminente de policiais civis e militares entrarem em greve o governador Beto Richa enfrentará outra “saia justa”. Os professores das universidades estaduais do Paraná, incluindo a Unicentro, ameaçam entrar em greve a partir do dia 14 de março, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. Para deflagrar o movimento, um ato público será realizado no dia 7 de março, em Curitiba, onde os professores cobrarão a retomada das discussões sobre o plano de carreira, que começou ainda em 2011.
Os professores querem que haja equiparação salarial com os técnicos administrativos do estado, alegando que estes têm a mesma formação. Entretanto, um técnico recebe hoje R$ 2.382,77, um professor auxiliar ganha apenas R$ 1.808,82.
Outra reivindicação importante a ser abordada entre governo e os sindicatos da categoria é a revisão dos cortes dos cortes dos recursos para custeio das universidades, estabelecidos no início de 2012.
O Governo do Paraná alega não ter recursos, mas sindicato apontam dados que mostram o contrário. O investimento com folha de pagamento está abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%. Atualmente o gasto com folha de pagamento está em 46%. O impacto da equiparação salarial do piso dos docentes em três parcelas de 9,62%, significa algo entre 0,1 e 0,2% da folha de pagamento total do Estado a cada ano.
“Um valor pequeno”, avalia a Adunicentro, , entidade que congrega os professores da Unicentro.
Segundo o DIEESE o governo do Paraná também investiu menos em educação em 2011 (30,17%) do que em 2010 (31,79%). Os números absolutos aumentaram, mas não se comparados à arrecadação, que aumentou 15% (de 14 para R$ 16 bilhões). A lei obriga que se gaste no mínimo 30%.
E tem mais um dado. A estimativa do DIEESE é que o crescimento da arrecadação do Estado seja de 6%. Mas este é um valor subestimado e que deve ficar entre 10% e 12%, aponta o Dieese.
“Caso o governo não mude sua posição intransigente em relação ao rompimento do acordo salarial com os docentes, haverá discussão de indicativo de greve geral a partir de 14 de março”, avisa a Adunicentro.
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