São Paulo, sábado, 24 de março de 2012 |
Foco Em aula a aspirantes a vereador, Chalita vai da Bíblia a Aristóteles
DE SÃO PAULO Munido de Aristóteles, Sócrates e dicas de Twitter, o pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, deu a aula inaugural do curso para formar os aspirantes a candidato a vereador do partido. Filósofo e professor de direito, o deputado federal ensinou a cerca de 80 alunos, na noite de anteontem, os princípios da ética aristotélica, "um código de conduta que visa um bem". Ele cobrou que os pré-candidatos não falem só o que suas plateias querem ouvir, já que "Sócrates diz que você tem que acreditar no seu discurso". "Um candidato a vereador que não tiver sonho não é um bom candidato a vereador", afirmou. Chalita também buscou dicas eleitorais em São Tomás de Aquino ("Não faça ao outro o que você não gostaria que fizessem com você") e na Bíblia ("Só se ama o que se conhece"). Ao enumerar as funções da retórica de acordo com Aristóteles, disse que é preciso ter "hermenêutica" para interpretar a cidade. Como exemplo da importância de que o político diga a verdade, relatou sua saída do PSDB mesmo após ser alertado de que o então governador, José Serra, poderia não gostar. "As pessoas diziam: 'ele é perigoso, destrói as pessoas'. Mas eu precisava dizer o que eu acreditava." Chalita lembrou que os pré-candidatos ainda não podem pedir votos. Também sugeriu que os alunos não batam boca nas redes sociais e distribuiu uma lista para que todos anotassem seus perfis no Twitter. Um dos alunos quis saber se, recém-convertido evangélico, poderia pedir votos para os velhos amigos da escola de samba. Chalita não viu problemas |
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