do Facebook de Mariana
Festucci
"O discurso do mestre
moderno é o discurso universitário: o mestre foi substituído pelo saber
universal científico. Consequentemente, há uma tirania do saber, que exige, a
todo custo, a obediência ao mandamento do saber, a ordem que se apresenta como a verdade da ciência. Essa ordem pode ser
formulada, por exemplo, como "Tudo pelo saber!" ou "Saiba tudo
sobre tudo, sem deixar nada escapar". É possível inclusive estender a
formulação a um imperativo epistemológico: "Não importa o que aconteça,
continue avançando" (...) No discurso universitário, portanto, a verdade -
a verdade do sujeito - é rejeitada em prol do mandamento de tudo saber. O
mestre da ciência universitária é o saber, e nada pode detê-la (...). Em
contraposição a uma ciência universalizante, só é possível, como propõe a
psicanálise, uma ética do particular que inclua o sujeito, cuja essência,
segundo Espinosa, é o desejo, pois no discurso universitário tudo que é tratado
pelo saber é considerado um objeto..." (Antônio Quinet em
"Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências.Rio de Janeiro:
Rios Ambiciosos, 2001, p.15).
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