Do coração e outros corações

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sábado, 5 de novembro de 2011

No SUS...

Médico do SUS é denunciado por cobrar R$ 27 mil de paciente por cirurgia em Sertanópolis (PR)
UOL
A Justiça de Londrina (380 km de Curitiba) recebeu denúncia nesta quinta-feira (3) contra o neurocirurgião Pedro Garcia Lopes por crime de concussão (aproveitar-se da função para exigir dinheiro ou vantagem).
O médico é acusado de receber R$ 27 mil de paciente por cirurgia feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O advogado Walter Bittar, que defende Lopes, nega o crime e afirma que a cobrança foi por aluguel de equipamentos, não pela cirurgia.
O promotor Paulo Tavares, da Promotoria de Proteção da Saúde Pública de Londrina, autor da denúncia, afirma que existem provas documentais da cobrança. A investigação sobre o possível crime começou em dezembro do ano passado, após denúncia, ao Ministério Público, de Antônio Renato Bordezan, filho da paciente Antônia Aparecida Bordezan, 59, moradora em Sertanópolis (região metropolitana de Londrina).
Após a denúncia, o Ministério Público conseguiu, através de mandado de busca e apreensão, reter cheques no valor de R$ 18 mil no consultório do médico. Outros cheques, no valor total de R$ 9 mil, já haviam sido descontados.
Bittar não nega que seu cliente tenha feito a cobrança de R$ 27 mil, mas afirma que o valor se referia ao uso de equipamentos do médico na cirurgia de Antônia Aparecida Bordezan,  ocorrrido em 21 de dezembro do ano passado. “A internação foi pelo SUS, e nada foi cobrado relativo a isso, mas o aluguel foi um pedido da família”, disse Bittar.
O promotor Tavares disse que, na defesa, o médico apresentou uma série de contratos relativos a aluguel de equipamentos para outras cirurgias e que isso pode provocar novos indiciamentos. “Esses contratos são provas que a defesa está fazendo contra seu cliente. Estamos verificando os procedimentos dos últimos três anos, com mais de 80 casos, e, nos primeiros que investigamos, já conseguimos provas que também foram cobranças de pacientes SUS, o que evidencia crime”, disse Tavares.
Bittar alega que a paciente era cliente, particular, de longa data de Pedro Garcia Lopes e que a cobrança do aluguel de equipamentos é legal. “Todo esse estardalhaço só existe em razão de o doutor Pedro Garcia Lopes ser um cirurgião importante e de família tradicional de Londrina. Não existe nada de ilegal em alugar os equipamentos, que são dele”, afirmou o advogado do médico.

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