Por que, filho, te perturbas a ponto de retardar os passos? Em que te incomoda o murmurar desta gente? Dante Alighieri
Do coração e outros corações

domingo, 29 de abril de 2012
Aprendizagem...
do facebook da mariana Festucci
"Tudo compreender não é tudo perdoar.
A psicanálise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que devemos evitar.
Ela nos diz o que deve ser eliminado.
A tolerância para com o mal não é de maneira alguma um corolário do conhecimento"
- (Sigmund Freud em entrevista concedida a George Sylvester Viereck em 1926).
Discurso anticorrupção e hipocrisia moral
do Blog de Sérgio Fajardo
Trecho do artigo:
"No discurso anticorrupção, a hipocrisia moral os cidadãos ainda prevalece"
Thomaz Wood Jr. (Carta Capital, maio de 2011)
"É fácil condenar o mau comportamento de grandes empresas e a corrupção no governo. Todos nós conhecemos histórias sobre empresas privadas, públicas e órgãos de governo. A denúncia da corrupção, por jornalistas, e o combate, por promotores e legisladores, usualmente as atribuem às maquinações de mentes criminosas.
Entretanto, um crescente corpo de pesquisa sobre a psicologia do comportamento ético mostra que parte considerável das condutas desviantes, na vida social e na vida profissional, ocorre porque os indivíduos enganam a si mesmos, agindo em interesse próprio. O ilibado cidadão reclamante, a vociferar impropérios contra contraventores de colarinho-branco, de Brasília e outros antros, costuma ele mesmo contribuir para o irritante estado das coisas. Ele não é dado a golpes grandiosos. Sua especialidade são os pequenos feitos, a compra de facilidades, a “lubrificação” do sistema público e o pagamento de favores. Alinha-se com milhares de compatriotas, agindo com inadvertida obstinação na sustentação de discretos parasitas e desenvoltas máfias."
Texto completo em: http://www.cartacapital.com.br/economia/hipocrisia-moral/
Maluf, procurado fora do Braziu, graças a um norte-americano que viveu no Brazil, que antes de se aposentar em um órgão norte americano, tascou o corrupto no banco de dados da Interpol. Vivam os amigos! Semana passada Paulo Maluf e o filho tentaram retirar a busca da familia pela Interpol mas não tiveram exito. Lá não é o Brasil.
Cap-tirada do Blog de Roberto Romano
E no Braziu, levam filhos, cachorros, esposas, ex-posas ...
do Blog de Roberto Romano
Do amigo Alvaro Caputo...
Merkel não dá carona ao marido em avião oficial
De Roma, especial para o Portal Terra.
Para a mídia alemã não representa notícia de interesse público o fato de a chanceler Angela Merkel, chefe de governo, não dar carona ao marido em avião oficial.
Merkel passou a Páscoa na cidade italiana de Nápoles a fim de descansar. O avião oficial que a transportava desembarcou na sexta-feira e o corpo de segurança alemão a acompanhou à residência que alugara com dinheiro próprio.
Cerca de quatro horas depois do desembarque de Merkel em Nápoles, chegou o seu marido. Estava programado que o casal passaria a Páscoa em Nápoles. O “maridão”, no entanto, pegou um vôo comercial Berlim-Roma e, na sequência, uma conexão para Nápoles.
Por que não pegou uma “carona” com a poderosa chanceler e esposa ?
A resposta é simples. A carona em vôo oficial, segundo a legislação alemã, é muito cara. Mais de dez vezes o preço de um bilhete aéreo comercial. Por isso, o casal Merkel viajou separado. Em outras palavras, para economizar. Assim, o varão viajou como um comum mortal que, temporariamente, é esposo da chefe de governo da Alemanha. A virago, de enormes responsabilidades institucionais, cumpriu a lei e fez economia doméstica.
No Brasil, o senador Eduardo Suplicy, depois de noticiado na imprensa, correu para devolver o valor de uma passagem aérea que o seu gabinete, por sua ordem e numa relação privada, havia comprado para a namorada.
Ontem, no final da tarde, um avião alemão oficial conduziu Merkel de volta a Berlim, sede do governo e sua cidade natal. O esposo da chanceler partiu hoje cedo em vôo de carreira, com conexão e passagem paga por ele próprio e não pelo cidadão alemão.
O fato não passou em branco na mídia italiana, que, no momento, cobre o escândalo a envolver o senador Umberto Bossi, líder do partido político da Liga Norte e já demissionário da secretaria-geral, e a vice-presidente do Senado da República italiana, Rosi Mauro, de 42 anos.
Bossi pagava as elevadíssimas despesas familiares com dinheiro público referente ao financiamento de campanhas e do partido político.
Não bastasse, a Liga Norte, administrada por Bossi, pagava um “mensalão” para a vice-presidente do Senado, que fundou um sindicato e mantém o amante-cantor como chefe de gabinete.
Cerca de 500 milhões de euros foram “desviados” pela Liga Norte, segundo noticiado pela imprensa e cálculos da magistratura do Ministério Público. Dois filhos de Bossi compraram diplomas escolares na Suíça e Inglaterra. Tinham carrões de marca BMW e Porsche. A casa de Bossi foi toda reformada e a sua esposa, leitora de livros de magia negra, instalou com dinheiro público desviado, na cidade de Varese (vizinha a Milão), uma escola maternal onde se autocontratou como diretora-geral.
Líder separatista e praticante de xenofobia, Bossi, durante 20 anos, referia-se à capital do país como “Roma Ladrona” (verbis). Desde ontem, nos muros de Roma estão grudados cartazes com o título: “Lega Nord Ladrona”.
Dispensável dizer que Bossi alega que não sabia de nada. Não controlava o tesoureiro do partido e, num atentado à inteligência italiana, coloca-se em panos de quem não percebia nada. Nem quando a casa estava sendo reformada e os filhos chegavam com automóveis novos e caríssimos.
A vice-presidente do Senado, Rosi Mauro, eleita pela Liga Norte em 21 de dezembro de 2010, não vê necessidade de se afastar da vice-presidência. Ela disse aguardar o trabalho da Magistratura do Ministério, que se desenvolve em três frentes independentes: Milão, Calábria (suspeita de lavagem de dinheiro da Liga Norte pela máfia calabresa ´NDrangheta) e Nápoles.
Como no Brasil, os políticos confundem princípios. A presunção de não culpabilidade (mal chamada no Brasil de presunção de inocência) aplica-se no processo criminal. Não se aplica em política, como se viu, por exemplo, nas cassações de José Dirceu e Roberto Jefferson.
Wálter Fanganiello Maierovitch
No mundo...
Mia Couto
"Preciso ser um outro
pra ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato morro
No mundo por que luto nasço" - Mia Couto
pra ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato morro
No mundo por que luto nasço" - Mia Couto
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Des - caminhos
Alguma vez você já atravessou a parede? Alguma vez a angústia lhe retirou do caminho e o pôs na parede?
Redução...
Do Facebook de Mariana Festucci
Um livro que vale a pena ler O normal e o patológico, de G. Canguilhem
"Reduzir a diferença entre um homem são e um homem diabético a uma diferença quantitativa do teor de glicose do interior, delegar a um limite renal, simplesmente concebido como uma diferença quantitativa de nível, a responsabilidade de distinguir (...) é obedecer ao espírito das ciências físicas que não podem explicar os fenômenos (...) senão pela sua redução a uma medida comum" - (Canguilhem, em "Le normal et le pathologique", 1966, p.66).
quarta-feira, 25 de abril de 2012
25 de Abril por Rui Bebiano, Portugal Blog A terceira noite

O processo de transfiguração do país que o 25 de Abril de 1974 abriu foi descrito como «Revolução dos Três D» (Democratizar, Descolonizar, Desenvolver). Este é o fundamento comum dos projetos políticos com os quais nos confrontámos por mais de três décadas e meia. A expressão pode parecer hoje algo redutora por não englobar as enormes mudanças que estavam para ocorrer no campo da vida privada, das relações de trabalho e das práticas culturais, mas não deixa de verbalizar princípios programáticos e uma linha de rumo que cruzaram os anos e os diferentes governos. Democratizar supunha assim abrir a gestão da coisa pública e do coletivo à voz e à vontade livremente expressa dos cidadãos, o que até ali era impossível. Descolonizar significava alijar o fardo da ideia de império e do domínio dos povos colonizados, o que até ali era impraticável. Desenvolver impunha encontrar e expandir novos ritmos para a criação de riqueza e o bem-estar das populações, o que não constava das perspetivas do velho «país habitual», idealizado por Salazar como quieto, naturalmente desigual e indiferente às tentações da vida moderna.
A memória partilhada do 25 de Abril guardou esse rastro, que até há pouco governo algum se propôs contrariar. À esquerda ou à direita do bloco político que tomou conta da gestão do Portugal pós-revolucionário, com ou sem cravo ao peito, fosse qual fosse a posição diante da Constituição aprovada em 1976, programas e orçamentos jamais ousaram afastar o horizonte de um país melhor, habitado por portugueses mais felizes, tendencialmente «livre, justo e solidário». Só o atual contexto de crise pôs travão a esta orientação, definindo uma nova realidade na qual a ditadura dos mercados parece impor, com a complacência de quem governa, o retorno a uma paisagem na qual os processos da democracia e os caminhos do desenvolvimento são confrontados com um enorme recuo e uma subalternização neocolonial. Nos anos 80, referindo-se a Portugal, João Martins Pereira falava da «singular intensidade do seu passado recente». No presente, perante o cenário de resignação e pessimismo que emana da atuação das autoridades públicas, o recurso a estratégias de alternativa passa pelo exercício de uma intensidade democrática em ação, de uma dinâmica do possível, da qual o 25 de Abril permanece um sinal.
A terceira das entradas escritas para o Dicionário das Crises e das Alternativas lançado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, de parceria com as Edições Almedina, a revista Visão e o Jornal de Letras. Ainda nos quiosques.
do Facebook de Mariana Festucci.

"A sociedade regida pelo discurso capitalista se nutre da fabricação da falta de gozo e produz sujeitos insaciáveis em sua demanda de consumo - consumo de gadgets que ela oferece como objeto de desejo -, promovendo, assim, uma nova economia libidinal. Em contrapartida, ao situar a mais-valia no lugar da causa do desejo, transforma cada um de nós num explorador em potencial de nossos semelhantes, para deles obtermos o lucro de um sobretrabalho não contabilizado, produzindo, assim, uma "lei" de querer obter vantagem em tudo (...). Nesse ciclo, o lugar da mais-valia coincide com o dos objetos de um gozo prometido e não alcançável por estrutura. A "mais-valia", diz Lacan, "é a causa do desejo da qual uma economia faz seu princípio". No discurso capitalista, portanto, a ciência visa produzir objetos de consumo que operam como causa de desejo, sendo o saber científico capitalizado para produzir objetos que representem os objetos pulsionais" - (Antônio Quinet em "Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001, p.17).
"Ao se tornar dominante, o discurso capitalista visa sobrepor o mercado à sociedade. Por ele, não existe mais sociedade, só mercado, cujas leis, já dizia Adam Smith, são invisíveis. A mão invisível que regula o mercado (ainda que tente personificar o capital na figura do empresário capitalista) não tem regulação possível, pois no discurso capitalista não há lei, só imperativo. Trata-se, como indica Lacan, de um discurso sem lei, que foraclui a castração (...). Trata-se de um discurso que, ao não formar laços sociais, prolifera os sem: terra, teto, emprego, comida etc. Os que estão with no discurso capitalista são out: without. Como sua lógica obriga, quem é está sem" - (AnTônio Quinet. Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001, p.18).
do Facebook de Mariana Festucci.

"O discurso capitalista, efetivamente, não promove a ocorrência de laços sociais entre os seres humanos: ele propõe ao sujeito a relação com um gadget, um objeto de consumo curto e rápido. Nesse sentido, o discurso capitalista promove tanto um autismo induzido quanto um expuxo-ao-onanismo, uma vez que não só realiza a economia do desejo do Outro, como também estimula a ilusão de completude não mais com a constituição de um par, e sim com um parceiro conectável e desconectável ao alcance da mão. Obviamente, isso pode levar à decepção, à tristeza, ao tédio e à nostalgia do Um em vão prometido..." - (Antônio Quinet em "Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências.Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001, p.17).
do Facebook de Mariana
Festucci
"O discurso do mestre
moderno é o discurso universitário: o mestre foi substituído pelo saber
universal científico. Consequentemente, há uma tirania do saber, que exige, a
todo custo, a obediência ao mandamento do saber, a ordem que se apresenta como a verdade da ciência. Essa ordem pode ser
formulada, por exemplo, como "Tudo pelo saber!" ou "Saiba tudo
sobre tudo, sem deixar nada escapar". É possível inclusive estender a
formulação a um imperativo epistemológico: "Não importa o que aconteça,
continue avançando" (...) No discurso universitário, portanto, a verdade -
a verdade do sujeito - é rejeitada em prol do mandamento de tudo saber. O
mestre da ciência universitária é o saber, e nada pode detê-la (...). Em
contraposição a uma ciência universalizante, só é possível, como propõe a
psicanálise, uma ética do particular que inclua o sujeito, cuja essência,
segundo Espinosa, é o desejo, pois no discurso universitário tudo que é tratado
pelo saber é considerado um objeto..." (Antônio Quinet em
"Psicanálise e Psiquiatria: controvérsias e convergências.Rio de Janeiro:
Rios Ambiciosos, 2001, p.15).
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Aulas magistrais na ... graduação! Unicamp
Próxima aula![]() ![]() Democracia é algo que tenho estudado em suas variadas faces históricas. As Luzes integram um momento essencial da vida democrática, em especial no século 18. Quanto à Razão de Estado, trata-se de uma técnica política que ajudou a consolidar o Estado moderno, mas não o democrático. Estudo a razão de Estado desde longa data, justamente porque nela temos várias pistas para compreender o nosso mundo político. Professor Titular do Departamento de Filosofia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Unicamp. Publicou os livros Os nomes do Ódio (Perspectiva, 2009), Ponta de Lança (Lazuli, 2007), O Desafio do Islã e outros desafios (Perspectiva, 2004) dentre outros, além de artigos em revistas acadêmicas nacionais e internacionais. ![]() Convide seus amigos do Facebook. |
Aulas anteriores![]() A era da eScience:Profª. Drª. Claudia Bauzer Medeiros |
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