Do Blog da Joana Lopes, Portugal
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«Os gregos vão de novo para eleições, em Junho. Nesse mês, se falharem as transferências ao abrigo do segundo resgate, a Grécia entrará em incumprimento. O provável futuro primeiro-ministro helénico, o presidente do Syriza, o jovem Alexis Tsipras, já conseguiu uma quase vitória. Se os pagamentos não forem efectuados, a Grécia não sairá da Zona Euro, ela será expulsa de facto pelos credores, com a Alemanha à cabeça. Trata-se de um triplo ónus: legal, político e económico, que cairá inteiramente sobre Berlim. (…)
A lei europeia está do lado dos gregos. Na formação da Zona Euro há um silêncio total sobre a possibilidade de saída dos Estados. E no Tratado de Lisboa, o artigo 50.º só prevê a possibilidade de saída voluntária dos países da UE, nunca a sua expulsão.
Em segundo lugar, expulsar os gregos numa altura em que eles estão em processo de eleições seria violar o sacrossanto princípio da soberania popular, o princípio de ética pública que separa a democracia de todos os tipos de barbárie.
Em terceiro lugar, expulsar a Grécia nesta altura (…) seria lançar a UE num vendaval de perdas de rating, forçando o BCE a abrir desesperadamente a bolsa, em muito mais do que os escassos milhares de milhões de euros que Atenas vai precisar para flutuar. (...)
Nos jogos de guerra, pisam-se os direitos, mas é sempre preciso fazer bem as contas»
Viriato Soromenho-MarquesLer também: BCE deixa cair alguns bancos mas defende que Grécia deve ficar no euro
P.S. - Entretanto, saiu há pouco a primeira sondagem que dá o primeiro lugar à Nova Democracia, com hipóteses de formar maioria com o PASOK. Garrafas de champanhe devem estar a ser abertas em Berlim e em Bruxelas. Para que a Grécia continue excelente como até agora...
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