A compaixão de Madame Lagarde
Uma entrevista a Christine Lagarde, ontem publicada em The Guardian, está a correr mundo.
Quando a jornalista lhe pergunta se, ao analisar as contas da Grécia, só pensa em números ou também se lembra das mulheres gregas sem assistência quando dão à luz, dos doentes sem medicamentos e dos velhos que morrem sozinhos sem direito a cuidados, responde:
«Penso mais nas criancinhas de uma escola numa pequena aldeia da Nigéria, que têm duas horas por dia de aula, com uma cadeira para três crianças e que, mesmo assim, conseguem estudar. Penso nelas permanentemente e acho que precisam de mais ajuda do que as pessoas em Atenas.»
Se estamos em maré de humor negro, vamos a isso: na tal aldeia da Nigéria não existirão prédios mas só palhotas, e não haverá portanto o perigo de um homem de 60 anos, desesperado, se atirar de uma janela de mão dada com a mãe, de 90, como aconteceu na Grécia. Se também querem defenestrar-se, construam arranha-céus, seus idiotas!
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